Já fui a Florianópolis mil vezes e, diferente da maioria das pessoas, nunca me atraí muito por esta cidade. Acredito que em grande parte por ter passado algumas experiências sofriadas nas vezes em que estiva na alta temporada. O fato de não ser fã número um de praia também deve contar; 40 praias em uma única cidade não é um ponto positivo pra mim. Mas, como tenho bons amigos e um tio nesta cidade, costumo visitá-la frequentemente. E confesso, comecei a ver Floripa com outros olhos.
Os motivos da minha última ida à capital de Santa Cataria foram basicamente dois: aproveitar o finalzinho do meu Passaporte Azul para visitar meu amigo Diogo e meu tio Maurício e dar uma pesquisada em terrenos para venda no bairro do Rio Vermelho, para poder comparar com o preço que estavam ofertando para um terreno que meus pais haviam comprado há alguns anos.
E foi divertido, reservei um dos três dias que fiquei em Floripa, peguei o carro emprestado do meu tio e rumei pro norte da ilha. Visitei algumas imobiliárias e vi bastante terrenos, deu pra ter uma ideia boa. Na hora do almoço comi um peixe em um restaurante - recomendado por um dos guias - que estava sensacional!
Aproveitando que estava no Rio Vermelho, acabei indo dar uma olhada na antiga casa do meu tio. Na verdade a casa parece mesmo mais uma cabana, toda de madeira, simples e cercada por árvores e mata. Sempre adorei a toca do meu tio, muito tranquila e gostosa. Porém, ao chegar na antiga casa (agora ele está morando em um apartamento no centro da cidade, acho que já comentei sobre isso em outro post) a decepção foi muito grande. A casa, devido às chuvas de verão e abandono do meu tio, estava toda destruída e jogada às traças. Até pra chegar na frene da casa foi difícil, o mato estava tomando conta de tudo. Sem contar o antigo carro do meu tio, que, como a casa, também estava abandonado.
Não consigo entender tamanho desleixo e abandono, mas esse é meu tio. Diz ele que vai começar a voltar pro Rio Vermelho e reparar a casa, pago pra ver. O carro ele falou que vai colocar à venda, antes de derreter, eu espero. Ao visitar a casa, encontrei uma vizinha, amiga do meu tio, e fiquei conversando com ela, que se queixava que meu tio havia sumido e cortado o contato abruptamente. Deu-me um papel com seu telefone e quase implorou pra eu entregá-lo ao meu tio e pedir pra que ele ligasse pra ela. Foi engraçado, ao conversar com a mulher e escutá-la falar sobre meu tio, parecia que ia descobrindo pequenas coisas do passado de uma pessoa que conheço bem mas sempre descubro algo novo, sempre tem histórias que vão se revelando aos poucos, emergindo na superfície.
Falando nas histórias do meu tio, no primeiro dia, ao chegar em sua cidade, fomos para a padaria ao lado do seu apê e ficamos conversando e tomando chope. Não sei como o assunto chegou à tona, mas ele começou a contar uma bizarra história de uma prima dele e de minha mão que foi parar nos Estados Unidos. O motivo para tal peregrinação era bem obscuro, algo envolvendo bandidagem, extermínio da polícia e adoção.
Não me lembro muito bem dos detalhes, mas, mesmo se lembrasse, acho que não seria sensato e prudente expô-los aqui. O fato é que esta prima está hoje radicada no exterior e tem uma vida, a princípio, estavel e confortável. O segundo fato é que meu tio, há pouco, havia entrado em contato com ela após inúmeros anos, talvez décadas, de rompimento. Agora lembrei, foi por isso que chegamos nesse assunto.
Como comentei acima, aproveitei também e encontrei o Diogo e sua trupe, neste caso, seu irmão Tomaz e irmã Paula. Das últimas vezes que encontrei o Diogo, saímos todos juntos, eu, ele e seus irmãos; legal a união da família Santiago. Não me lembro muito bem mas acho que fomos em um bar que vende cerveja super barata perto da faculdade e outro dia em um restaurante e show de samba. É sempre muito legal e engraçado encontrar a peça rara do Diogo. E assim acabou a última viagem que fiz com o muito aproveitado Passaporte Azul.
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