A segunda semana em Frankfurt foi tão boa quanto a primeira, apenas um pouco diferente. O treinamento foi mais específico e com todo o time do Fundo de Carbono; algumas pessoas eu já havia conhecido na primeira semana, isto é, trabalhavam para o Fundo de Carbono e eram, como eu, recém-contratados. Foi muito legal conhecer os rostos da pessoas que eu costumava lidar em São Paulo pelo telefone ou e-mail. Algumas eu achava que eram mais velhas, outras mais novas. Engraçado.
Foi muito importante conversar durante toda a semana sobre o mesmo assunto, conhecer as dificuldades e pontos fortes de outros países, receber sugestões, etc. Os últimos dias foram destinados para as apresentações da estratégia para o final de 2010 e 2011 de cada país que faz aquisição de créditos de carbono. Para encerrar a semana, fomos na sexta-feira a um restaurante muito agradável perto do banco. Comemos ao ar livre em uma nível mais alto que do térreo, a vista era bonita, muito verde na Europa nesta época do ano.
Como na primeira semana, o KfW organizou atividades recreativas para depois do expediente de treinamento. Uma que eu achei bem criativa e divertida foi nossa ida a uma cozinha de um restaurante onde o chef de cozinha nos ensionou a preparar tapas espanholas. Depois dele, foi a nossa vez: nos dividimos em grupos e cada um fez um prato diferente. Eu fiquei com o Klaus e cozinhamos um tira-gosto de cogumelos e copa. Não faltou comida este dia!
Outro encontro aconteceu em um bier garten bem na frente do Main, fantástico! O único problema foi o frio que incomodou um pouco. O lado bom foi as cervejas alemãs, já comentadas aqui em outro post anterior. O legal destes encontros e atividades é que o pessoal que trabalha em um mesmo departamente em países diferentes tem a oportunidade de se conhecer melhor e ficar mais íntimo.
No final da minha estada em Frankfurt, apesar de muito divertida e proveitosa, já estava querendo voltar para o Brasil. Não sei por que mas parece que quando viajamos, nos preparamos psicologicamente para ficar o tempo estipulado e, quando vai chegando no final, já estamos cansados e querendo voltar pra rotina. Estava com saudades do meu apartamento também, não faz muito tempo que me mudei. Sem falar dos amigos e família.
Mas uma coisa é verdade: não vejo a hora de chegar o próximo encontro do Fundo de Carbono!
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Conversando com uma colega da Bukina Faso, que participou do programa da primeira semana, percebi como pode ser difícil a integração de um negro em um país majoritariamente branco. Mesmo morando há anos na Alemanha e falando alemão muito bem, ela não se sentia à vontade. Estava sempre com a pulga atrás da orelha e, segundo ela, sofrendo censuras e passando por constrangimentos. Ao sentar então em um assento no trem ou ônibus ao lado de um alemães, era constrangimento na certa. Mas você não está preparada e já esperando sofrer preconceito, eu perguntei. Pode ser, ela respondeu, talvez o problema seja eu também. Porém, estava feliz em voltar para Bukina Faso e trabalhar em seu verdadeiro país.
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