quarta-feira, 29 de junho de 2011

No centro com o Escher

Quinta-feira passada, dia de feriado, aproveitei a folga do trabalho e fui ao Centro Cultural Banco do Brasil no centro de São Paulo para conferir a exposição do Escher. Já fazia um tempo que eu estava afim de ver os quadros deste pintor que admiro bastante. Peguei um ônibus e fui até o miolinho de São Paulo.

Acho até engraçado mas nunca costumo ir ao centro da cidade. As exceções são a virada cultural, que acontece todo ano, e quando tenho alguma reunião a trabalho. Fora isso, é muito difícil eu passar pelo Vale do Anhangabaú, Viaduto do Chá, Prefeitura Municipal. O interessante é que em muitas cidades em que eu conheco a turismo, no nosso país ou fora, o centro é um dos lugares que eu sempre conheço, cheio de coisas para ver, prédios antigos, museus. O pior é que o centro de São Paulo é assim também.

Encontrei o CCBB facilmente e logo me deparei com a gigantesca fila para entrar. Poxa, não imaginava que o Escher era tão conhecido assim. Logo depois liguei os neurônios e percebi que estava no meio de um feriado, e talvez os paulistanos que acabaram ficando em casa não tinham muito o que fazer. Quase desisti, mas já que estou aqui na frente, tenho que aproveitar, eu pensei. A sorte foi que eu estava com um livro na mochila e, assim, não fiquei parado à toa. Demorei uma hora e quinze para entrar no bonito prédio do centro cultural. Lá dentro, mais algumas filas para entrar nas galerias.

Foi muito legal ver as pinturas originais deste pintor maluco que brinca com a perspectiva, geometria e espaço das coisas. Sem falar nos seus quadros que analisam diferentes mutações: formas geométricas que viram chineses a caráter, bichos se transformando em outros etc. Outros quadros clássicos do M. C. Escher também estavam lá, como aquele em que os quatro lances da escada, todos conectados um com os outros, só sobem ou descem; seus auto-retratos; a carpa no lago com as folhas caídas na superfície.

Todos as pinturas que eu já tinha visto nos livros e internet estavam presentes na exposição. Novidade: além das pinturas, a exposição montou algumas instalações baseadas na obra do pintor, muito interessante. Havia uma sala que, olhada de uma das duas janelas, um gato e uma cadeira estavam flutuando; através da outra janela, a mesma sala estava com o gato sentado em cima da cadeira, que, por sua vez, estava paradinha no chão.

Conheci o Escher pelo meu tio Maurício. Em uma das vezes em que fomos para sua casa, em Florianópolis, ele nos mostrou um livro que havia comprado deste pintor. Eu e meu irmão ficamos encantados com as loucuras do mesmo. Lembro-me que o livro ficou emprestado um tempo em casa, quando meus pais ainda moravam em Campo Grande. O chato foi ter que devolver pro meu tio depois. Logo mais foi a vez da minha mãe passar a gostar das obras do Escher; não demorou muito e ela mesmo comprou um outro livro dele! O legal é que hoje quase toda a família gosta das obras do pintor holandês. Meu tio já viu a exposição no CCBB no Rio de Janeiro, agora preciso incentivar meu irmão e minha mãe a virem para São Paulo e conferirem os quadros originais de perto. Vale cada segundo esperado na fila.

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