Estou agora no aeroporto de Santiago esperando o voo de volta para o Brasil. Vim para o Chile na sexta passada, tinha uma reunião neste mesmo dia mas acabou sendo cancelada. Pelo menos tive tempo para descansar e aproveitar o final de semana. O motivo da vinda: participar em uma feira sobre energia hidrelétrica no Chile, já que há pouco fechamos um contrato com a instituição que organizou a feira.
Foi bom ter vindo na sexta, pude aproveitar um pouco mais o final de semana e conhecer um pouco mais o país. No sábado peguei um ônibus e fui para Viña del Mar visitar uma amiga chilena, a Romina, que mora nesta cidade. A viagem demorou pouco mais de uma hora e meia e, como o nome já diz, Viãa fica bem em frente ao mar. Mesmo com o tempo horrível que fez, deu pra perceber um pouco a dinâmica da cidade, que é bem espalhada e limitada de um lado pelo mar e do outro por morros e montanhas.
No sábado à noite fomos para um bar perto do apartamento da Romina, bem pequeno mas muito legal. Ela sempre toma mojito neste bar, mas eu, como sempre, acabei tomando uma cerveja. Uma banda tocou no espaço, um som um pouco diferente mas interessante. Na primeira parte do show, um pouco mais clássico, conservador. Na outra metada, mais barulhento e pesado.
No domingo não fizemos muita coisa, o tempo estava um pouco melhor mas ainda longe de estar bom. Fomos a um restaurante e comemos um pouco da culinária tradicional chilena: peixe e frutos do mar. Experimentei o famoso pisco sour mas não gostei, muito doce, lembra bastante caipirinha. Gostaria de ter conhecido Valparaiso também, que fica bem ao lado de Vina. Talvez na próxima.
De volta à Santiago, o pouco que consegui aproveitar e conhecer mais foi, de novo, a culinária. Fui à um bar/restaurante perto do hotel, que gostei bastante. O lugar, que se chama Liguria, era um pouco diferente, descolado, músicas legais tocando ao fundo, lembrava um pouco a Peluqueria Francesa da última visita à Santiago. Acho legal também que os chilenos colocam abacate em tudo, comem junto com a comida, misturam nos lanches e sanduíches, é muito bom. Durante a feira em que participei, pedi um cachorro-quente e... veio com abacate também! Essa me surpreendeu. Mas o pior é que combinou.
Outra coisa que notei também é que aqui no Chile os kebabs são muito mais populares que no Brasil. Só perto do hotel, achei uns três lugares que vendiam essas delícias e acabei experimentado dois deles: um mais tradicional; o outro com pitadas chilenas e, claro, lascas de abacate. Não me espanto que esteja acima do peso e entre um grande prato e outro aqui no Chile, me veio à cabeça uma resposta para usar de bate-pronto aos meus amigos e familiares na próxima vez que caçoarem do meu peso: “pelo tanto que como e bebo, isto não é nada!”.
Comparados com os dois dias da feira, hoje foi bem mais tranqüilo, tive apenas duas reuniões e cheguei cedo e com calma no aeroporto. Li bastante durante a viagem e terminei agora pouco um livro do Mario Benedetti, A borra do café. Típico deste escritor, um livro muito agradável de ler, contando a trajetória, acontecimentos e experiências de um garoto comum que nasce e cresce em Montevideo. Suas primeiras experiências amorosas, amigos do bairro, mudanças de casa, tudo é narrado de maneira simples mas maestral.
Meu voo está sendo anunciado, timing perfeito, já que acabei de escrever um pouco mais sobre o que vivenciei no país dos andes desta vez. Tomara que da próxima eu venha a turismo e tenha mais tempo para desfrutar com calma.
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