Sem eu perceber minha pequena estada em Frankfurt havia chegado ao fim. Quando dei conta, já me encontrava na última semana e estava cheio de coisas para fazer, já que estava acontecendo o treinamento anual do fundo de carbono, mas também precisava resolver algumas outras pendências. Tirando o chinês e a indiana, vários outros colegas chegaram para passar esta semana e discutir sobre nossa atividade dentro do banco.
Devido ao incerto mercado de carbono atual, o ânimo dos colegas nao estava lá entre os melhores, mas mesmo assim nos reuníamos para fazer alguma coisa depois das várias apresentações e discussões diárias. Fomos um dia a um restaurante mexicano, no outro comemos comida persa (fiquei um pouco desapontado), nos encontramos em cafés alemães. Acho sempre muito legal estar em um meio internacional, cheio de pessoas diferentes com origens distintas: China, Argentina, Indonésia, Índia, Quênia, Filipinas.
Outra coisa divertida que fizemos, organizada pelo banco especialmente para nosso encontro, foi andar por Frankfurt com uma Bier Bike. Do tamanho de uma mesa grande, nesta bicicleta (maior que muitos carros) 10 pessoas pedalam ao mesmo tempo enquanto outras 6 pessoas ficam sentadas sem precisar se enforcar. No meio, onde estão localizados o barril de chope e outras bebidas, fica uma pessoa cumprindo a função de garçom e servindo os pequenos atletas. Uma pessoa da empresa fica no comando da grande e engraçada bicicleta. Por onde passávamos atraíamos olhares risonhos das pessoas, que nos acenavam, tiravam fotos, comentavam. Até metade do passeio eu pedalei como um camelo, a pedalada era muito pesada. Fizemos um pit-stop e mudei minha função para garçom da turma. Me saí bem, servir era muito mais fácil e divertido que pedalar.
No último dia foi organizado um outro passeio, desta vez mais tranqüilo mas não tão divertido. Andamos de barco pelo Rio Main, que corta Frankfurt, durante mais ou menos uma hora. Ficamos conversando mas ninguém se encantou muito com a paisagem. Muito menos eu, que dias antes havia feito outro passeio de barco com meus pais pelo Reno, que é muito mais interessante.
Reservei o sábado (último dia) para fazer um pouco de compras. Por compras leia-se, por favor, lembranças para amigos e encomendas, já que eu nunca compro algo para mim mesmo. Minha ideia era comprar mais um livro para ler no Brasil, mas como acabei dormindo tarde adentro, acabei ficando sem tempo de ir à livraria. Sentiria na pele, horas depois, no voo, as conseqüências de ter tirado esta soneca prolongada durante a tarde. Se dormi por uma hora no apertado avião, acho que foi muito.
Em resumo, o breve tempo que passei na Alemanha foi muito proveitoso. Principalmente no começo, trabalhei bastante e não tive muito tempo para fazer programas particulares durante a semana. Pelo menos nos finais de semana consegui aproveitar mais, viajar um pouco, conhecer novos lugares, encontrar com pessoas conhecidas e me divertir.
É de se espantar o nível de organização e riqueza da Alemanha, mesmo ficando por quase dois meses neste país, não cansava de ter novas experiências que me mostravam, cada vez mais, um pouco mais da Impossible Germany. Sem contar o tempo, perfeito, agradável, que também contribuía, segundo um amigo meu, para que os alemães também ficassem mais simpáticos.
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