domingo, 15 de janeiro de 2012

Vanguart no SESC Pompeia

Nesta sexta passada fui até o SESC Pompeia conferir o show do Vanguart, banda cuiabana que seu disco de estreia, junto com o Your Favorite Worst Nightmare, do Arctic Monkeys, foi de longe o que eu mais escutei no meu ipod quando morei em Londres, em 2008. Alguns anos passaram e o Vanguart lançou seu segundo álbum, desta vez sem nenhuma música em inglês. Nota 10!

Mesmo morando em São Paulo há quase dois anos, ainda fico com os olhos curiosos muitas vezes que ando por bairros e cantos que não fazem parte do meu cotidiano, sendo a região da Pompeia e Barra Funda dois exemplos destes lugares. Peguei um ônibus na frente de casa e andei até o Terminal Bandeira, que fica ao lado do Vale do Anhangabaú, onde entrei no metrô e fui até a estação da Barra Funda, final da linha vermelha. Saí da estaçao e andei pela Matarazzo até o SESC, passando por alguns lugares que tinha visto há muito tempo: Parque da Água Branca, a famosa mas nunca por mim visitada balada Vila Country, Casa das Caldeiras, prédios da PwC.

Havia escrito aqui que cada vez mais me impressiono (positivamente) com a rede SESC em São Paulo. Já conhecia as belíssimas e impressionantes unidades da Vila Mariana (show do Otto), Pinheiros (exposição Queremos Miles!), Interlagos (show do Zeca Baleiro), Cine SESC na Agusta, café da unidade Paulista no topo do prédio, com vista magnífica da Pauliceia - atualmente em reforma. Porém, até então, nada de SESC Pompeia.

Antiga indústria convertida em centro cultural, o SESC Pompeia chama muito a atenção de quem passa ao seu lado. O prédio é alto, uns dez andares, e suas janelas vermelhas, arredondadas, deixam a unidade ainda mais característica. Como cheguei quase uma hora antes do início do show, tive tempo pra comer alguma coisa e depois conhecer o prédio. Na verdade, esta construção que dá pra ser vista do lado de fora, em frente ao Shopping Bourbon, é apenas o bloco dos esportes do SESC Pompeia. Ao lado do prédio existe um outro bloco, mais baixo, que é destinado a outros serviços, como apresentações, bar e lanchonete, revistaria e biblioteca, etc. Resumindo: o SESC Pompeia é ainda maior do que aparenta!

Há muito estava tentando ver um show do Vanguart mas, com certeza, a espera valeu a pena. O legal do espaço de show deste SESC é que não é muito grande, encurtando a distância entre a plateia e artista. Apesar da voz e bateria estarem um pouco mais altas que os outros instrumentos na maioria das músicas, o show foi ótimo! Tocando músicas tanto do primeiro quanto segundo álbum, o Vanguart mostrou que tem uma presença de palco original. Conferir ao vivo músicas que você gosta e sempre escuta em casa é muito bacana e empolgante, ainda mais quando o pessoal resolveu levantar das poltronas e conferir o show de pé, pertinho do palco.

Na volta basicamente o mesmo caminho: trem da estação Água Branca até Barra Funda; metrô até Vale do Anhangabaú; ônibus do Terminal Bandeira até em casa. Mas não fui direto pra casa, fiz um breve pit-stop no bar do posto e tomei uma cerveja. Cheguei em casa e fui dormir feliz. Pelo show, pelo SESC, por morar em São Paulo, pelo final de semana que ainda começava.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

O Muro de Berlim

Acabei de ler o ótimo e completo Muro de Berlim - Um mundo dividido 1961-1989, de Frederick Taylor, historiador inglês que morou em Berlim em sua infância. Em relação à época nazista de Hitler e Segunda Guerra Mundial, as décadas em que Berlim ficou dividida pelo Muro sempre me interessaram muito mais. O livro aborda a história do bloqueiro sob vários apectos, dentre eles político, cultural, social, histórias do cotidiano.

Uma vez dada a vitória dos Aliados sobre a Alemanha nazista, Berlim ficou dividida em quatro setores: russo, americano, inglês e francês. Interessante que, logo após o inimigo número um ser derrotado, uma nova ordem global foi estabelecida automaticamente, polarizando, novamente, o mundo em duas frentes, a comunista e a capitalista. O mais curioso é que não somente em um país, mas em uma única cidade, foi imprimida as duas facções antagônicas, mudando bruscamente a vida de milhares de pessoas.

Não demorou muito para a população da Alemanha e Berlim perceberem que a vida era mais agradável e grata na parte ocidental. Sendo assim, começou o processo de fuga em massa de moradores da parte oriental para o Oeste. Existiam também aqueles que, chamados de atravessadores, continuavam morando em Berlim Oriental - mais barata e culturalmente mais ativa - e trabalhando na parte ocidental, onde se ganhava muito mais. A única solução encontrada para a Alemanha Oriental de Ulbricht, e apoiada pela União Soviética de Khrushchev, foi a construção do famoso muro.

O livro narra detalhadamente a engenhosidade de Ulbricht em convencer seus chefes soviéticos de que o muro, apesar de render uma imagem negativa do comunismo aos olhos do mundo, era a melhor ou única solução para estancar a hemorragia de pessoas sentido leste-oeste. Havia também grandes atritos entre o bloco comunista e a administração do presidente Kennedy, dos EUA, marcando o período instável da Guerra Fria.

Parece inacreditável, mas a cerca de contenção de arame farpado, erigida anteriormente ao muro própriamente dito, foi concluída em apenas uma madrugada de agosto de 1961. Alemães orientais e ocidentais acordaram em um domingo e se depararam com a cerca e vários policiais orientais protegendo-a. Parecia sonho, mas não era. Também um tanto quanto atípica foi a reação do bloco ocidental à contrução do bloqueio, por parte dos comunistas. Na realidade, o que houve foi a falta de ação dos países ocidentais, uns por temerem a erupção de uma nova guerra, desta vez nuclear, outros por estarem ocupados com assuntos mais importantes, como a França em relação à independência da Argélia. Aliás, apesar de violar a vida e autonomia de todos berlinenses, a cerca, como ainda era chamada, não estava construída em território ocidental.

Gostei muito da descrição de casos famosos que ocorreram devido à construção do Muro, como por exemplo pessoas que se atiravam de prédios ao redor da cerca para passar para o lado ocidental; grupos de estudantes ocidentais que ajudavam seus conterrâneos orientais a passar para o outro lado com a ajuda de passaportes falsos ou construção de túneis; o do soldado oriental que resolveu pular para o lado ocidental e foi clicado por um fotógrafo exatamente quando o fazia, tendo a foto se tornado famosa imediatamente. Sem mencionar dezenas de pessoas que morreram tentando atravessar a fronteiro nos quase 30 anos de sua existência.

Os anos foram passando e, apesar de muitas pessoas acreditarem, no começo, que a cerca de arame teria um caráter provisório, logo ela foi substituída pelo verdadeiro muro, fortemente construído e isolado, que se tornava cada vez mais instransponível. Também com o passar dos anos outros aspectos foram mudando. O bloco comunista começava a se deparar com vários problemas de ordem econômica e foi se enfraquecendo. Houve também um movimento de afastamento das políticas pregadas por Stalin, culminando na mudança do nome da rua Stalinalee para Karl-Marxalle, por exemplo. O mundo ocidental, por sua vez, começou a empregar um política de convergência para o leste, tentando criar mais humanidade, apesar da distinta divisão política entre os dois lados, para o povo alemão, Berlim principalmente. A Alemanha Oriental começou a receber maciços empréstimos de bancos ocidentais. Porém, o problema financeiro não era resolvido.

Em meados da década de 80 a situação ficara insustentável para o bloco comunista. Entretanto, a primeira rachadura não apareceu exatamente no Muro de Berlim, mas sim na fronteira da Hungria com a Áustria. Antes também controlada rigidamente pela Hungria comunista, a fronteira começou a ficar mais permissiva, devido à União Soviética quase em colapso. Milhares de alemães viajaram então para a Hungria com o objetivo de atravessar para a Austria e, de lá, voar para a Alemanha ou Berlim Ocidental.

Não passou muito tempo e a própria RDA começou a permitir que seus cidadãos orientais pudessem atravessar para o lado ocidental, através de vistos concedidos no momento da travessia. Não havia mais o que fazer. Em novembro de 1989, exatos 28 anos após sua construção, o Muro de Berlim começou a ser derrubado. Deu-se então um movimento e política de reestruturação de Berlim e Alemanha Oriental, que possuim sistemas produtivos muito mais atrasados e ineficazes que o ocidente. Alguns dizem que até hoje a diferença é discrepante. A lado positivo é que, após longos anos tempestivos, alemães e berlinenses puderem novamente se reunificar e compor uma só nação.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

No centro com o Escher

Quinta-feira passada, dia de feriado, aproveitei a folga do trabalho e fui ao Centro Cultural Banco do Brasil no centro de São Paulo para conferir a exposição do Escher. Já fazia um tempo que eu estava afim de ver os quadros deste pintor que admiro bastante. Peguei um ônibus e fui até o miolinho de São Paulo.

Acho até engraçado mas nunca costumo ir ao centro da cidade. As exceções são a virada cultural, que acontece todo ano, e quando tenho alguma reunião a trabalho. Fora isso, é muito difícil eu passar pelo Vale do Anhangabaú, Viaduto do Chá, Prefeitura Municipal. O interessante é que em muitas cidades em que eu conheco a turismo, no nosso país ou fora, o centro é um dos lugares que eu sempre conheço, cheio de coisas para ver, prédios antigos, museus. O pior é que o centro de São Paulo é assim também.

Encontrei o CCBB facilmente e logo me deparei com a gigantesca fila para entrar. Poxa, não imaginava que o Escher era tão conhecido assim. Logo depois liguei os neurônios e percebi que estava no meio de um feriado, e talvez os paulistanos que acabaram ficando em casa não tinham muito o que fazer. Quase desisti, mas já que estou aqui na frente, tenho que aproveitar, eu pensei. A sorte foi que eu estava com um livro na mochila e, assim, não fiquei parado à toa. Demorei uma hora e quinze para entrar no bonito prédio do centro cultural. Lá dentro, mais algumas filas para entrar nas galerias.

Foi muito legal ver as pinturas originais deste pintor maluco que brinca com a perspectiva, geometria e espaço das coisas. Sem falar nos seus quadros que analisam diferentes mutações: formas geométricas que viram chineses a caráter, bichos se transformando em outros etc. Outros quadros clássicos do M. C. Escher também estavam lá, como aquele em que os quatro lances da escada, todos conectados um com os outros, só sobem ou descem; seus auto-retratos; a carpa no lago com as folhas caídas na superfície.

Todos as pinturas que eu já tinha visto nos livros e internet estavam presentes na exposição. Novidade: além das pinturas, a exposição montou algumas instalações baseadas na obra do pintor, muito interessante. Havia uma sala que, olhada de uma das duas janelas, um gato e uma cadeira estavam flutuando; através da outra janela, a mesma sala estava com o gato sentado em cima da cadeira, que, por sua vez, estava paradinha no chão.

Conheci o Escher pelo meu tio Maurício. Em uma das vezes em que fomos para sua casa, em Florianópolis, ele nos mostrou um livro que havia comprado deste pintor. Eu e meu irmão ficamos encantados com as loucuras do mesmo. Lembro-me que o livro ficou emprestado um tempo em casa, quando meus pais ainda moravam em Campo Grande. O chato foi ter que devolver pro meu tio depois. Logo mais foi a vez da minha mãe passar a gostar das obras do Escher; não demorou muito e ela mesmo comprou um outro livro dele! O legal é que hoje quase toda a família gosta das obras do pintor holandês. Meu tio já viu a exposição no CCBB no Rio de Janeiro, agora preciso incentivar meu irmão e minha mãe a virem para São Paulo e conferirem os quadros originais de perto. Vale cada segundo esperado na fila.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Santiago a trabalho, Viña no fim de semana

Estou agora no aeroporto de Santiago esperando o voo de volta para o Brasil. Vim para o Chile na sexta passada, tinha uma reunião neste mesmo dia mas acabou sendo cancelada. Pelo menos tive tempo para descansar e aproveitar o final de semana. O motivo da vinda: participar em uma feira sobre energia hidrelétrica no Chile, já que há pouco fechamos um contrato com a instituição que organizou a feira.

Foi bom ter vindo na sexta, pude aproveitar um pouco mais o final de semana e conhecer um pouco mais o país. No sábado peguei um ônibus e fui para Viña del Mar visitar uma amiga chilena, a Romina, que mora nesta cidade. A viagem demorou pouco mais de uma hora e meia e, como o nome já diz, Viãa fica bem em frente ao mar. Mesmo com o tempo horrível que fez, deu pra perceber um pouco a dinâmica da cidade, que é bem espalhada e limitada de um lado pelo mar e do outro por morros e montanhas.

No sábado à noite fomos para um bar perto do apartamento da Romina, bem pequeno mas muito legal. Ela sempre toma mojito neste bar, mas eu, como sempre, acabei tomando uma cerveja. Uma banda tocou no espaço, um som um pouco diferente mas interessante. Na primeira parte do show, um pouco mais clássico, conservador. Na outra metada, mais barulhento e pesado.

No domingo não fizemos muita coisa, o tempo estava um pouco melhor mas ainda longe de estar bom. Fomos a um restaurante e comemos um pouco da culinária tradicional chilena: peixe e frutos do mar. Experimentei o famoso pisco sour mas não gostei, muito doce, lembra bastante caipirinha. Gostaria de ter conhecido Valparaiso também, que fica bem ao lado de Vina. Talvez na próxima.

De volta à Santiago, o pouco que consegui aproveitar e conhecer mais foi, de novo, a culinária. Fui à um bar/restaurante perto do hotel, que gostei bastante. O lugar, que se chama Liguria, era um pouco diferente, descolado, músicas legais tocando ao fundo, lembrava um pouco a Peluqueria Francesa da última visita à Santiago. Acho legal também que os chilenos colocam abacate em tudo, comem junto com a comida, misturam nos lanches e sanduíches, é muito bom. Durante a feira em que participei, pedi um cachorro-quente e... veio com abacate também! Essa me surpreendeu. Mas o pior é que combinou.

Outra coisa que notei também é que aqui no Chile os kebabs são muito mais populares que no Brasil. Só perto do hotel, achei uns três lugares que vendiam essas delícias e acabei experimentado dois deles: um mais tradicional; o outro com pitadas chilenas e, claro, lascas de abacate. Não me espanto que esteja acima do peso e entre um grande prato e outro aqui no Chile, me veio à cabeça uma resposta para usar de bate-pronto aos meus amigos e familiares na próxima vez que caçoarem do meu peso: “pelo tanto que como e bebo, isto não é nada!”.

Comparados com os dois dias da feira, hoje foi bem mais tranqüilo, tive apenas duas reuniões e cheguei cedo e com calma no aeroporto. Li bastante durante a viagem e terminei agora pouco um livro do Mario Benedetti, A borra do café. Típico deste escritor, um livro muito agradável de ler, contando a trajetória, acontecimentos e experiências de um garoto comum que nasce e cresce em Montevideo. Suas primeiras experiências amorosas, amigos do bairro, mudanças de casa, tudo é narrado de maneira simples mas maestral.

Meu voo está sendo anunciado, timing perfeito, já que acabei de escrever um pouco mais sobre o que vivenciei no país dos andes desta vez. Tomara que da próxima eu venha a turismo e tenha mais tempo para desfrutar com calma.

Última semana em Frankfurt

Sem eu perceber minha pequena estada em Frankfurt havia chegado ao fim. Quando dei conta, já me encontrava na última semana e estava cheio de coisas para fazer, já que estava acontecendo o treinamento anual do fundo de carbono, mas também precisava resolver algumas outras pendências. Tirando o chinês e a indiana, vários outros colegas chegaram para passar esta semana e discutir sobre nossa atividade dentro do banco.

Devido ao incerto mercado de carbono atual, o ânimo dos colegas nao estava lá entre os melhores, mas mesmo assim nos reuníamos para fazer alguma coisa depois das várias apresentações e discussões diárias. Fomos um dia a um restaurante mexicano, no outro comemos comida persa (fiquei um pouco desapontado), nos encontramos em cafés alemães. Acho sempre muito legal estar em um meio internacional, cheio de pessoas diferentes com origens distintas: China, Argentina, Indonésia, Índia, Quênia, Filipinas.

Outra coisa divertida que fizemos, organizada pelo banco especialmente para nosso encontro, foi andar por Frankfurt com uma Bier Bike. Do tamanho de uma mesa grande, nesta bicicleta (maior que muitos carros) 10 pessoas pedalam ao mesmo tempo enquanto outras 6 pessoas ficam sentadas sem precisar se enforcar. No meio, onde estão localizados o barril de chope e outras bebidas, fica uma pessoa cumprindo a função de garçom e servindo os pequenos atletas. Uma pessoa da empresa fica no comando da grande e engraçada bicicleta. Por onde passávamos atraíamos olhares risonhos das pessoas, que nos acenavam, tiravam fotos, comentavam. Até metade do passeio eu pedalei como um camelo, a pedalada era muito pesada. Fizemos um pit-stop e mudei minha função para garçom da turma. Me saí bem, servir era muito mais fácil e divertido que pedalar.

No último dia foi organizado um outro passeio, desta vez mais tranqüilo mas não tão divertido. Andamos de barco pelo Rio Main, que corta Frankfurt, durante mais ou menos uma hora. Ficamos conversando mas ninguém se encantou muito com a paisagem. Muito menos eu, que dias antes havia feito outro passeio de barco com meus pais pelo Reno, que é muito mais interessante.

Reservei o sábado (último dia) para fazer um pouco de compras. Por compras leia-se, por favor, lembranças para amigos e encomendas, já que eu nunca compro algo para mim mesmo. Minha ideia era comprar mais um livro para ler no Brasil, mas como acabei dormindo tarde adentro, acabei ficando sem tempo de ir à livraria. Sentiria na pele, horas depois, no voo, as conseqüências de ter tirado esta soneca prolongada durante a tarde. Se dormi por uma hora no apertado avião, acho que foi muito.

Em resumo, o breve tempo que passei na Alemanha foi muito proveitoso. Principalmente no começo, trabalhei bastante e não tive muito tempo para fazer programas particulares durante a semana. Pelo menos nos finais de semana consegui aproveitar mais, viajar um pouco, conhecer novos lugares, encontrar com pessoas conhecidas e me divertir.

É de se espantar o nível de organização e riqueza da Alemanha, mesmo ficando por quase dois meses neste país, não cansava de ter novas experiências que me mostravam, cada vez mais, um pouco mais da Impossible Germany. Sem contar o tempo, perfeito, agradável, que também contribuía, segundo um amigo meu, para que os alemães também ficassem mais simpáticos.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Na cidade das kölschs

No último final de semana inteiro que passei na Alemanha, fui para Colônia, já que minha mãe queria muito conhecer esta cidade. Meus pais pegaram o trem na manhã de sexta-feira enquanto eu fiquei trabalhando. Depois do trabalho foi a minha vez de ir partir para a mesma cidade, que é considerada uma das mais legais e animadas da Alemanha. A viagem de trem demora mais ou menos duas horas e meia e passa pelo mesmo caminho que fizemos com o barco poucos dias atrás. O Manfred, pai da ex-namorada do meu irmão, que se tornou amigo da família, também foi para Colônia nos encontrar. Detalhe: ele nao foi de trem, mas sim com seu motorhome, esse tipo de carro com casa embutida!

Na sexta à noite nos encontramos todos na beira do rio, que corta a cidade quase no meio. O Manfred tinha estacionado sua casa móvel lá. Ficamos conversando, comendo e bebendo enquanto olhávamos o rio e os barcos passando. No dia seguinte, fizemos praticamente a mesma coisa, apenas em um local diferente: pegamos o motorhome e saímos um pouco de Colônia, estacionamos de novo em frente ao rio. Passamos a tarde toda fazendo basicamente as mesmas coisas que havíamos feito na noite anterior. Mas valeu a pena.

Consegui encontrar o Fernando, colega do trabalho de São Paulo que está morando e trabalhando temporariamente em Colônia, e sua namorada, a Paula. Fizemos algo divertido. Como a cidade é famosa por sua cerveja típica, chamada kölsch, fomos pingando de bar em bar (como os espanhois) e experimentando várias das diferentes marcas dessas cervejas. O copo para esta cerveja também é típico, fino e alto. No final das contas acabamos indo em uns sete bares diferentes, e em cada um que íamos, eu e a Paula pegávamos uma bolacha de recordação.

No domingo, depois de dormir bastante, quase hibernar (eu estava dormindo muito pouco nas últimas semanas), fomos dar um passeio no centro de Colônia. Achei a cidade, na verdade, movimentada até demais, cheia de turistas, gente por todo lado. Bem no centro da cidade, ao lado da estação de trem, fica uma catedral muito famosa que funciona como um imã para pessoas com câmeras fotográficas a mão. Apesar de imperssiva por seu tamanho, eu, particurlamente, acho a catedral um pouco feia e sem graça. Mas é o símbolo da cidade, fazer o quê?

Uma coisa muito legal que descobrimos na cidade foi uma ponte de trem, perto também da catedral, que está repleta de cadeados presos em sua grade de corrimão. A tradição é os casais ou namorados escreverem seus nomes no cadeado e prenderem na grade, como símbolo de amor eterno ou algo assim. São cadeados de todos os tipos, cores, tamanhos, datas, opções sexuais, uma festa. Fiquei impressionado com a quantidade de cadeados no lugar. Em uma parte da ponte, no chão, uma frase escrita: "Que tipo de sociedade vivemos em que cadeados são símbolo de amor?". Escolha certa para tal símbolo ou não, a veradade é que o passeio em Colônia foi muito divertido.

sábado, 11 de junho de 2011

Pelo Reno

Aproveitando o feriado que teve na quinta-feira aqui na alemanha, dia 2 de junho, fiz um passeio de barco com meus pais pelo Rio Reno. Fomos, primeiro, de trem até uma cidade chamada Bingen. Andamos um pouco pore la procurando de onde o barco saía, quando achamos o pier, já estava quase na hora do barco partir. Corremos e conseguimos entrar nos últimos segundos antes do cara desamarrar a corda do barco.

Este caminho pelo Reno é muito bonito, cheio de pequeninas cidades na beira do rio, vários castelos nas encostas, é considerado umas das regioes mais bonitas da alemanha. O passeio no barco foi muito agradável, ficamos no deck do barco, que tinha um bar para server os turistas, eu e meu pai que gostamos! Demos sorte com o tempo também, já que no dia anterior estava horrível.

A travessia demorou uma hora e meia antes de chegar em St. Goar, outra pequena cidade, cheia de turistas. A principal atração do local é um castelo, que escolhemos apenas ver de fora. Trocamos uma visita pelos aposentos do rei por um almoco em um restaurante na beira do rio. Foi a melhor coisa que fizemos, até porque gosto muito mais de comer do que de ver castelos. Pegamos o barco de volta, mas desta vez a viagem demorou quase três horas, parece que o sentido do rio faz alguma diferenca.

De volta em Bingen, eu queria dar uma passeada pela cidade, existe um parque bem comprido em frente ao rio, muito gostoso. O problema é que nao tímnhamos muito tempo e já tivemos que ir para a estacao pegar o trem. Na volta, meus pais nao paravam de falar o quao encantados estavam com os trens alemaes, como funcionavam bem, eram silenciosos, pontuais.