Quinta-feira passada, dia de feriado, aproveitei a folga do trabalho e fui ao Centro Cultural Banco do Brasil no centro de São Paulo para conferir a exposição do Escher. Já fazia um tempo que eu estava afim de ver os quadros deste pintor que admiro bastante. Peguei um ônibus e fui até o miolinho de São Paulo.
Acho até engraçado mas nunca costumo ir ao centro da cidade. As exceções são a virada cultural, que acontece todo ano, e quando tenho alguma reunião a trabalho. Fora isso, é muito difícil eu passar pelo Vale do Anhangabaú, Viaduto do Chá, Prefeitura Municipal. O interessante é que em muitas cidades em que eu conheco a turismo, no nosso país ou fora, o centro é um dos lugares que eu sempre conheço, cheio de coisas para ver, prédios antigos, museus. O pior é que o centro de São Paulo é assim também.
Encontrei o CCBB facilmente e logo me deparei com a gigantesca fila para entrar. Poxa, não imaginava que o Escher era tão conhecido assim. Logo depois liguei os neurônios e percebi que estava no meio de um feriado, e talvez os paulistanos que acabaram ficando em casa não tinham muito o que fazer. Quase desisti, mas já que estou aqui na frente, tenho que aproveitar, eu pensei. A sorte foi que eu estava com um livro na mochila e, assim, não fiquei parado à toa. Demorei uma hora e quinze para entrar no bonito prédio do centro cultural. Lá dentro, mais algumas filas para entrar nas galerias.
Foi muito legal ver as pinturas originais deste pintor maluco que brinca com a perspectiva, geometria e espaço das coisas. Sem falar nos seus quadros que analisam diferentes mutações: formas geométricas que viram chineses a caráter, bichos se transformando em outros etc. Outros quadros clássicos do M. C. Escher também estavam lá, como aquele em que os quatro lances da escada, todos conectados um com os outros, só sobem ou descem; seus auto-retratos; a carpa no lago com as folhas caídas na superfície.
Todos as pinturas que eu já tinha visto nos livros e internet estavam presentes na exposição. Novidade: além das pinturas, a exposição montou algumas instalações baseadas na obra do pintor, muito interessante. Havia uma sala que, olhada de uma das duas janelas, um gato e uma cadeira estavam flutuando; através da outra janela, a mesma sala estava com o gato sentado em cima da cadeira, que, por sua vez, estava paradinha no chão.
Conheci o Escher pelo meu tio Maurício. Em uma das vezes em que fomos para sua casa, em Florianópolis, ele nos mostrou um livro que havia comprado deste pintor. Eu e meu irmão ficamos encantados com as loucuras do mesmo. Lembro-me que o livro ficou emprestado um tempo em casa, quando meus pais ainda moravam em Campo Grande. O chato foi ter que devolver pro meu tio depois. Logo mais foi a vez da minha mãe passar a gostar das obras do Escher; não demorou muito e ela mesmo comprou um outro livro dele! O legal é que hoje quase toda a família gosta das obras do pintor holandês. Meu tio já viu a exposição no CCBB no Rio de Janeiro, agora preciso incentivar meu irmão e minha mãe a virem para São Paulo e conferirem os quadros originais de perto. Vale cada segundo esperado na fila.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Santiago a trabalho, Viña no fim de semana
Estou agora no aeroporto de Santiago esperando o voo de volta para o Brasil. Vim para o Chile na sexta passada, tinha uma reunião neste mesmo dia mas acabou sendo cancelada. Pelo menos tive tempo para descansar e aproveitar o final de semana. O motivo da vinda: participar em uma feira sobre energia hidrelétrica no Chile, já que há pouco fechamos um contrato com a instituição que organizou a feira.
Foi bom ter vindo na sexta, pude aproveitar um pouco mais o final de semana e conhecer um pouco mais o país. No sábado peguei um ônibus e fui para Viña del Mar visitar uma amiga chilena, a Romina, que mora nesta cidade. A viagem demorou pouco mais de uma hora e meia e, como o nome já diz, Viãa fica bem em frente ao mar. Mesmo com o tempo horrível que fez, deu pra perceber um pouco a dinâmica da cidade, que é bem espalhada e limitada de um lado pelo mar e do outro por morros e montanhas.
No sábado à noite fomos para um bar perto do apartamento da Romina, bem pequeno mas muito legal. Ela sempre toma mojito neste bar, mas eu, como sempre, acabei tomando uma cerveja. Uma banda tocou no espaço, um som um pouco diferente mas interessante. Na primeira parte do show, um pouco mais clássico, conservador. Na outra metada, mais barulhento e pesado.
No domingo não fizemos muita coisa, o tempo estava um pouco melhor mas ainda longe de estar bom. Fomos a um restaurante e comemos um pouco da culinária tradicional chilena: peixe e frutos do mar. Experimentei o famoso pisco sour mas não gostei, muito doce, lembra bastante caipirinha. Gostaria de ter conhecido Valparaiso também, que fica bem ao lado de Vina. Talvez na próxima.
De volta à Santiago, o pouco que consegui aproveitar e conhecer mais foi, de novo, a culinária. Fui à um bar/restaurante perto do hotel, que gostei bastante. O lugar, que se chama Liguria, era um pouco diferente, descolado, músicas legais tocando ao fundo, lembrava um pouco a Peluqueria Francesa da última visita à Santiago. Acho legal também que os chilenos colocam abacate em tudo, comem junto com a comida, misturam nos lanches e sanduíches, é muito bom. Durante a feira em que participei, pedi um cachorro-quente e... veio com abacate também! Essa me surpreendeu. Mas o pior é que combinou.
Outra coisa que notei também é que aqui no Chile os kebabs são muito mais populares que no Brasil. Só perto do hotel, achei uns três lugares que vendiam essas delícias e acabei experimentado dois deles: um mais tradicional; o outro com pitadas chilenas e, claro, lascas de abacate. Não me espanto que esteja acima do peso e entre um grande prato e outro aqui no Chile, me veio à cabeça uma resposta para usar de bate-pronto aos meus amigos e familiares na próxima vez que caçoarem do meu peso: “pelo tanto que como e bebo, isto não é nada!”.
Comparados com os dois dias da feira, hoje foi bem mais tranqüilo, tive apenas duas reuniões e cheguei cedo e com calma no aeroporto. Li bastante durante a viagem e terminei agora pouco um livro do Mario Benedetti, A borra do café. Típico deste escritor, um livro muito agradável de ler, contando a trajetória, acontecimentos e experiências de um garoto comum que nasce e cresce em Montevideo. Suas primeiras experiências amorosas, amigos do bairro, mudanças de casa, tudo é narrado de maneira simples mas maestral.
Meu voo está sendo anunciado, timing perfeito, já que acabei de escrever um pouco mais sobre o que vivenciei no país dos andes desta vez. Tomara que da próxima eu venha a turismo e tenha mais tempo para desfrutar com calma.
Foi bom ter vindo na sexta, pude aproveitar um pouco mais o final de semana e conhecer um pouco mais o país. No sábado peguei um ônibus e fui para Viña del Mar visitar uma amiga chilena, a Romina, que mora nesta cidade. A viagem demorou pouco mais de uma hora e meia e, como o nome já diz, Viãa fica bem em frente ao mar. Mesmo com o tempo horrível que fez, deu pra perceber um pouco a dinâmica da cidade, que é bem espalhada e limitada de um lado pelo mar e do outro por morros e montanhas.
No sábado à noite fomos para um bar perto do apartamento da Romina, bem pequeno mas muito legal. Ela sempre toma mojito neste bar, mas eu, como sempre, acabei tomando uma cerveja. Uma banda tocou no espaço, um som um pouco diferente mas interessante. Na primeira parte do show, um pouco mais clássico, conservador. Na outra metada, mais barulhento e pesado.
No domingo não fizemos muita coisa, o tempo estava um pouco melhor mas ainda longe de estar bom. Fomos a um restaurante e comemos um pouco da culinária tradicional chilena: peixe e frutos do mar. Experimentei o famoso pisco sour mas não gostei, muito doce, lembra bastante caipirinha. Gostaria de ter conhecido Valparaiso também, que fica bem ao lado de Vina. Talvez na próxima.
De volta à Santiago, o pouco que consegui aproveitar e conhecer mais foi, de novo, a culinária. Fui à um bar/restaurante perto do hotel, que gostei bastante. O lugar, que se chama Liguria, era um pouco diferente, descolado, músicas legais tocando ao fundo, lembrava um pouco a Peluqueria Francesa da última visita à Santiago. Acho legal também que os chilenos colocam abacate em tudo, comem junto com a comida, misturam nos lanches e sanduíches, é muito bom. Durante a feira em que participei, pedi um cachorro-quente e... veio com abacate também! Essa me surpreendeu. Mas o pior é que combinou.
Outra coisa que notei também é que aqui no Chile os kebabs são muito mais populares que no Brasil. Só perto do hotel, achei uns três lugares que vendiam essas delícias e acabei experimentado dois deles: um mais tradicional; o outro com pitadas chilenas e, claro, lascas de abacate. Não me espanto que esteja acima do peso e entre um grande prato e outro aqui no Chile, me veio à cabeça uma resposta para usar de bate-pronto aos meus amigos e familiares na próxima vez que caçoarem do meu peso: “pelo tanto que como e bebo, isto não é nada!”.
Comparados com os dois dias da feira, hoje foi bem mais tranqüilo, tive apenas duas reuniões e cheguei cedo e com calma no aeroporto. Li bastante durante a viagem e terminei agora pouco um livro do Mario Benedetti, A borra do café. Típico deste escritor, um livro muito agradável de ler, contando a trajetória, acontecimentos e experiências de um garoto comum que nasce e cresce em Montevideo. Suas primeiras experiências amorosas, amigos do bairro, mudanças de casa, tudo é narrado de maneira simples mas maestral.
Meu voo está sendo anunciado, timing perfeito, já que acabei de escrever um pouco mais sobre o que vivenciei no país dos andes desta vez. Tomara que da próxima eu venha a turismo e tenha mais tempo para desfrutar com calma.
Última semana em Frankfurt
Sem eu perceber minha pequena estada em Frankfurt havia chegado ao fim. Quando dei conta, já me encontrava na última semana e estava cheio de coisas para fazer, já que estava acontecendo o treinamento anual do fundo de carbono, mas também precisava resolver algumas outras pendências. Tirando o chinês e a indiana, vários outros colegas chegaram para passar esta semana e discutir sobre nossa atividade dentro do banco.
Devido ao incerto mercado de carbono atual, o ânimo dos colegas nao estava lá entre os melhores, mas mesmo assim nos reuníamos para fazer alguma coisa depois das várias apresentações e discussões diárias. Fomos um dia a um restaurante mexicano, no outro comemos comida persa (fiquei um pouco desapontado), nos encontramos em cafés alemães. Acho sempre muito legal estar em um meio internacional, cheio de pessoas diferentes com origens distintas: China, Argentina, Indonésia, Índia, Quênia, Filipinas.
Outra coisa divertida que fizemos, organizada pelo banco especialmente para nosso encontro, foi andar por Frankfurt com uma Bier Bike. Do tamanho de uma mesa grande, nesta bicicleta (maior que muitos carros) 10 pessoas pedalam ao mesmo tempo enquanto outras 6 pessoas ficam sentadas sem precisar se enforcar. No meio, onde estão localizados o barril de chope e outras bebidas, fica uma pessoa cumprindo a função de garçom e servindo os pequenos atletas. Uma pessoa da empresa fica no comando da grande e engraçada bicicleta. Por onde passávamos atraíamos olhares risonhos das pessoas, que nos acenavam, tiravam fotos, comentavam. Até metade do passeio eu pedalei como um camelo, a pedalada era muito pesada. Fizemos um pit-stop e mudei minha função para garçom da turma. Me saí bem, servir era muito mais fácil e divertido que pedalar.
No último dia foi organizado um outro passeio, desta vez mais tranqüilo mas não tão divertido. Andamos de barco pelo Rio Main, que corta Frankfurt, durante mais ou menos uma hora. Ficamos conversando mas ninguém se encantou muito com a paisagem. Muito menos eu, que dias antes havia feito outro passeio de barco com meus pais pelo Reno, que é muito mais interessante.
Reservei o sábado (último dia) para fazer um pouco de compras. Por compras leia-se, por favor, lembranças para amigos e encomendas, já que eu nunca compro algo para mim mesmo. Minha ideia era comprar mais um livro para ler no Brasil, mas como acabei dormindo tarde adentro, acabei ficando sem tempo de ir à livraria. Sentiria na pele, horas depois, no voo, as conseqüências de ter tirado esta soneca prolongada durante a tarde. Se dormi por uma hora no apertado avião, acho que foi muito.
Em resumo, o breve tempo que passei na Alemanha foi muito proveitoso. Principalmente no começo, trabalhei bastante e não tive muito tempo para fazer programas particulares durante a semana. Pelo menos nos finais de semana consegui aproveitar mais, viajar um pouco, conhecer novos lugares, encontrar com pessoas conhecidas e me divertir.
É de se espantar o nível de organização e riqueza da Alemanha, mesmo ficando por quase dois meses neste país, não cansava de ter novas experiências que me mostravam, cada vez mais, um pouco mais da Impossible Germany. Sem contar o tempo, perfeito, agradável, que também contribuía, segundo um amigo meu, para que os alemães também ficassem mais simpáticos.
Devido ao incerto mercado de carbono atual, o ânimo dos colegas nao estava lá entre os melhores, mas mesmo assim nos reuníamos para fazer alguma coisa depois das várias apresentações e discussões diárias. Fomos um dia a um restaurante mexicano, no outro comemos comida persa (fiquei um pouco desapontado), nos encontramos em cafés alemães. Acho sempre muito legal estar em um meio internacional, cheio de pessoas diferentes com origens distintas: China, Argentina, Indonésia, Índia, Quênia, Filipinas.
Outra coisa divertida que fizemos, organizada pelo banco especialmente para nosso encontro, foi andar por Frankfurt com uma Bier Bike. Do tamanho de uma mesa grande, nesta bicicleta (maior que muitos carros) 10 pessoas pedalam ao mesmo tempo enquanto outras 6 pessoas ficam sentadas sem precisar se enforcar. No meio, onde estão localizados o barril de chope e outras bebidas, fica uma pessoa cumprindo a função de garçom e servindo os pequenos atletas. Uma pessoa da empresa fica no comando da grande e engraçada bicicleta. Por onde passávamos atraíamos olhares risonhos das pessoas, que nos acenavam, tiravam fotos, comentavam. Até metade do passeio eu pedalei como um camelo, a pedalada era muito pesada. Fizemos um pit-stop e mudei minha função para garçom da turma. Me saí bem, servir era muito mais fácil e divertido que pedalar.
No último dia foi organizado um outro passeio, desta vez mais tranqüilo mas não tão divertido. Andamos de barco pelo Rio Main, que corta Frankfurt, durante mais ou menos uma hora. Ficamos conversando mas ninguém se encantou muito com a paisagem. Muito menos eu, que dias antes havia feito outro passeio de barco com meus pais pelo Reno, que é muito mais interessante.
Reservei o sábado (último dia) para fazer um pouco de compras. Por compras leia-se, por favor, lembranças para amigos e encomendas, já que eu nunca compro algo para mim mesmo. Minha ideia era comprar mais um livro para ler no Brasil, mas como acabei dormindo tarde adentro, acabei ficando sem tempo de ir à livraria. Sentiria na pele, horas depois, no voo, as conseqüências de ter tirado esta soneca prolongada durante a tarde. Se dormi por uma hora no apertado avião, acho que foi muito.
Em resumo, o breve tempo que passei na Alemanha foi muito proveitoso. Principalmente no começo, trabalhei bastante e não tive muito tempo para fazer programas particulares durante a semana. Pelo menos nos finais de semana consegui aproveitar mais, viajar um pouco, conhecer novos lugares, encontrar com pessoas conhecidas e me divertir.
É de se espantar o nível de organização e riqueza da Alemanha, mesmo ficando por quase dois meses neste país, não cansava de ter novas experiências que me mostravam, cada vez mais, um pouco mais da Impossible Germany. Sem contar o tempo, perfeito, agradável, que também contribuía, segundo um amigo meu, para que os alemães também ficassem mais simpáticos.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Na cidade das kölschs
No último final de semana inteiro que passei na Alemanha, fui para Colônia, já que minha mãe queria muito conhecer esta cidade. Meus pais pegaram o trem na manhã de sexta-feira enquanto eu fiquei trabalhando. Depois do trabalho foi a minha vez de ir partir para a mesma cidade, que é considerada uma das mais legais e animadas da Alemanha. A viagem de trem demora mais ou menos duas horas e meia e passa pelo mesmo caminho que fizemos com o barco poucos dias atrás. O Manfred, pai da ex-namorada do meu irmão, que se tornou amigo da família, também foi para Colônia nos encontrar. Detalhe: ele nao foi de trem, mas sim com seu motorhome, esse tipo de carro com casa embutida!
Na sexta à noite nos encontramos todos na beira do rio, que corta a cidade quase no meio. O Manfred tinha estacionado sua casa móvel lá. Ficamos conversando, comendo e bebendo enquanto olhávamos o rio e os barcos passando. No dia seguinte, fizemos praticamente a mesma coisa, apenas em um local diferente: pegamos o motorhome e saímos um pouco de Colônia, estacionamos de novo em frente ao rio. Passamos a tarde toda fazendo basicamente as mesmas coisas que havíamos feito na noite anterior. Mas valeu a pena.
Consegui encontrar o Fernando, colega do trabalho de São Paulo que está morando e trabalhando temporariamente em Colônia, e sua namorada, a Paula. Fizemos algo divertido. Como a cidade é famosa por sua cerveja típica, chamada kölsch, fomos pingando de bar em bar (como os espanhois) e experimentando várias das diferentes marcas dessas cervejas. O copo para esta cerveja também é típico, fino e alto. No final das contas acabamos indo em uns sete bares diferentes, e em cada um que íamos, eu e a Paula pegávamos uma bolacha de recordação.
No domingo, depois de dormir bastante, quase hibernar (eu estava dormindo muito pouco nas últimas semanas), fomos dar um passeio no centro de Colônia. Achei a cidade, na verdade, movimentada até demais, cheia de turistas, gente por todo lado. Bem no centro da cidade, ao lado da estação de trem, fica uma catedral muito famosa que funciona como um imã para pessoas com câmeras fotográficas a mão. Apesar de imperssiva por seu tamanho, eu, particurlamente, acho a catedral um pouco feia e sem graça. Mas é o símbolo da cidade, fazer o quê?
Uma coisa muito legal que descobrimos na cidade foi uma ponte de trem, perto também da catedral, que está repleta de cadeados presos em sua grade de corrimão. A tradição é os casais ou namorados escreverem seus nomes no cadeado e prenderem na grade, como símbolo de amor eterno ou algo assim. São cadeados de todos os tipos, cores, tamanhos, datas, opções sexuais, uma festa. Fiquei impressionado com a quantidade de cadeados no lugar. Em uma parte da ponte, no chão, uma frase escrita: "Que tipo de sociedade vivemos em que cadeados são símbolo de amor?". Escolha certa para tal símbolo ou não, a veradade é que o passeio em Colônia foi muito divertido.
Na sexta à noite nos encontramos todos na beira do rio, que corta a cidade quase no meio. O Manfred tinha estacionado sua casa móvel lá. Ficamos conversando, comendo e bebendo enquanto olhávamos o rio e os barcos passando. No dia seguinte, fizemos praticamente a mesma coisa, apenas em um local diferente: pegamos o motorhome e saímos um pouco de Colônia, estacionamos de novo em frente ao rio. Passamos a tarde toda fazendo basicamente as mesmas coisas que havíamos feito na noite anterior. Mas valeu a pena.
Consegui encontrar o Fernando, colega do trabalho de São Paulo que está morando e trabalhando temporariamente em Colônia, e sua namorada, a Paula. Fizemos algo divertido. Como a cidade é famosa por sua cerveja típica, chamada kölsch, fomos pingando de bar em bar (como os espanhois) e experimentando várias das diferentes marcas dessas cervejas. O copo para esta cerveja também é típico, fino e alto. No final das contas acabamos indo em uns sete bares diferentes, e em cada um que íamos, eu e a Paula pegávamos uma bolacha de recordação.
No domingo, depois de dormir bastante, quase hibernar (eu estava dormindo muito pouco nas últimas semanas), fomos dar um passeio no centro de Colônia. Achei a cidade, na verdade, movimentada até demais, cheia de turistas, gente por todo lado. Bem no centro da cidade, ao lado da estação de trem, fica uma catedral muito famosa que funciona como um imã para pessoas com câmeras fotográficas a mão. Apesar de imperssiva por seu tamanho, eu, particurlamente, acho a catedral um pouco feia e sem graça. Mas é o símbolo da cidade, fazer o quê?
Uma coisa muito legal que descobrimos na cidade foi uma ponte de trem, perto também da catedral, que está repleta de cadeados presos em sua grade de corrimão. A tradição é os casais ou namorados escreverem seus nomes no cadeado e prenderem na grade, como símbolo de amor eterno ou algo assim. São cadeados de todos os tipos, cores, tamanhos, datas, opções sexuais, uma festa. Fiquei impressionado com a quantidade de cadeados no lugar. Em uma parte da ponte, no chão, uma frase escrita: "Que tipo de sociedade vivemos em que cadeados são símbolo de amor?". Escolha certa para tal símbolo ou não, a veradade é que o passeio em Colônia foi muito divertido.
sábado, 11 de junho de 2011
Pelo Reno
Aproveitando o feriado que teve na quinta-feira aqui na alemanha, dia 2 de junho, fiz um passeio de barco com meus pais pelo Rio Reno. Fomos, primeiro, de trem até uma cidade chamada Bingen. Andamos um pouco pore la procurando de onde o barco saía, quando achamos o pier, já estava quase na hora do barco partir. Corremos e conseguimos entrar nos últimos segundos antes do cara desamarrar a corda do barco.
Este caminho pelo Reno é muito bonito, cheio de pequeninas cidades na beira do rio, vários castelos nas encostas, é considerado umas das regioes mais bonitas da alemanha. O passeio no barco foi muito agradável, ficamos no deck do barco, que tinha um bar para server os turistas, eu e meu pai que gostamos! Demos sorte com o tempo também, já que no dia anterior estava horrível.
A travessia demorou uma hora e meia antes de chegar em St. Goar, outra pequena cidade, cheia de turistas. A principal atração do local é um castelo, que escolhemos apenas ver de fora. Trocamos uma visita pelos aposentos do rei por um almoco em um restaurante na beira do rio. Foi a melhor coisa que fizemos, até porque gosto muito mais de comer do que de ver castelos. Pegamos o barco de volta, mas desta vez a viagem demorou quase três horas, parece que o sentido do rio faz alguma diferenca.
De volta em Bingen, eu queria dar uma passeada pela cidade, existe um parque bem comprido em frente ao rio, muito gostoso. O problema é que nao tímnhamos muito tempo e já tivemos que ir para a estacao pegar o trem. Na volta, meus pais nao paravam de falar o quao encantados estavam com os trens alemaes, como funcionavam bem, eram silenciosos, pontuais.
Este caminho pelo Reno é muito bonito, cheio de pequeninas cidades na beira do rio, vários castelos nas encostas, é considerado umas das regioes mais bonitas da alemanha. O passeio no barco foi muito agradável, ficamos no deck do barco, que tinha um bar para server os turistas, eu e meu pai que gostamos! Demos sorte com o tempo também, já que no dia anterior estava horrível.
A travessia demorou uma hora e meia antes de chegar em St. Goar, outra pequena cidade, cheia de turistas. A principal atração do local é um castelo, que escolhemos apenas ver de fora. Trocamos uma visita pelos aposentos do rei por um almoco em um restaurante na beira do rio. Foi a melhor coisa que fizemos, até porque gosto muito mais de comer do que de ver castelos. Pegamos o barco de volta, mas desta vez a viagem demorou quase três horas, parece que o sentido do rio faz alguma diferenca.
De volta em Bingen, eu queria dar uma passeada pela cidade, existe um parque bem comprido em frente ao rio, muito gostoso. O problema é que nao tímnhamos muito tempo e já tivemos que ir para a estacao pegar o trem. Na volta, meus pais nao paravam de falar o quao encantados estavam com os trens alemaes, como funcionavam bem, eram silenciosos, pontuais.
Baden-Baden e Strassbourg
Há mais ou menos umas três semanas, o Klaus, um colega do trabalho aqui em Frankfurt, convidou eu e a Ramya (a indiana) para fazer um passeio turístico no domingo. Como o Klaus é casado com uma francesa, ele mora durante a semana na Alemanha e nos finais de semana ele passa com a família, em Strassbourg.
Acordamos cedinho e pegamos o trem para Baden-Baden, ao sul de Frankfurt, e encontramos o Klaus lá, que já estava nos esperando na estacao. Baden-Baden é uma cidade balneário - o próprio nome já diz – cheia de gente rica e pessoas velhas. Fiquei sabendo também que é uma cidade que os russos adoram, ultimamente a elite deste país vem comprando casas e mais casas na cidade. Dá até para entender, a cidade é muito agradável e bonita.
Gostei bastante de um parque que separa as duas maos de uma avenida, ficamos andando por ele e conversando, o tempo estava ótimo. Depois da caminhada, fomos a um museu em frente ao parque. O prédio era interessante, arquitetura moderna, clean, amplo. Dentro dele, uma exposicao de um pintor alemao chamado Neo Rauch; quadros bem coloridos, oníricos, malucos, gostei de vários deles. Já o Klaus e a Ramya nao tiveram a mesma sorte, ficaram até um pouco indignados com a audácia do artista e, pricipalmente, da bilheteria. Gosto é gusto.
Almocamos rapidinho em um pequeno restaurante chinês (como eu gosto do arroz orintental, tem um sabor diferente, acho melhor que o brasileiro), pegamos o carro do Klaus e fomos para Strassbourg. No caminho, tempo para descansar um pouco da longa caminhada, admirar a paisagem e, é claro, conversar sobre o instável mercado de créditos de carbono.
É engracado como cidades que estao localizadas tao perto uma das outras podem possuir culturas tao diferentes, neste caso a língual – Baden-Baden fica apenas 45 minutos de carro de Strassbourg. A história desta última cidade é um pouco conturbada e interessante, ela pertenceu alguns anos para a Alemanha, logo depois da Segunda Guerra, depois os franceses tomaram a cidade de volta. Por isso, existe uma grande influência da arquitetura alema. Mas eu gostei mesmo desses apartamentos residenciais franceses, que têm algumas janelinhas que saem do telhado.
O passeio em Straussbourg consistiu mais ou menos na mesma coisa que na cidade anterior: caminhar pela cidade, conversar, parar em alguns lugares para tirar foto. Essa cidade francesa é bem charmosa, existe um rio que passa bem no meio dela, cheia de bares e restaurantes em frente. A cidade abriga também alguns orgaos da Comunidade Europeia, os prédios sao grandes obras de arte.
Na última parte do passeio fomos para a casa da família do Klaus, ao lado de Strassbourg, e jantamos couz-couz marroquino, um pouco diferente do brasileiro, mas muito bom também. Fomos muito bem recebidos, achei muito legal o Klaus passer um dia do seu final de semana mostrando essas duas cidades e nos convidando para sua casa. Na volta, sentei no banco de trás e dormi boa parte do caminho. Nao demoramos para chegar em Frankfurt, o Klaus deve ter aproveitado da falta de limite das estradas alemas.
Acordamos cedinho e pegamos o trem para Baden-Baden, ao sul de Frankfurt, e encontramos o Klaus lá, que já estava nos esperando na estacao. Baden-Baden é uma cidade balneário - o próprio nome já diz – cheia de gente rica e pessoas velhas. Fiquei sabendo também que é uma cidade que os russos adoram, ultimamente a elite deste país vem comprando casas e mais casas na cidade. Dá até para entender, a cidade é muito agradável e bonita.
Gostei bastante de um parque que separa as duas maos de uma avenida, ficamos andando por ele e conversando, o tempo estava ótimo. Depois da caminhada, fomos a um museu em frente ao parque. O prédio era interessante, arquitetura moderna, clean, amplo. Dentro dele, uma exposicao de um pintor alemao chamado Neo Rauch; quadros bem coloridos, oníricos, malucos, gostei de vários deles. Já o Klaus e a Ramya nao tiveram a mesma sorte, ficaram até um pouco indignados com a audácia do artista e, pricipalmente, da bilheteria. Gosto é gusto.
Almocamos rapidinho em um pequeno restaurante chinês (como eu gosto do arroz orintental, tem um sabor diferente, acho melhor que o brasileiro), pegamos o carro do Klaus e fomos para Strassbourg. No caminho, tempo para descansar um pouco da longa caminhada, admirar a paisagem e, é claro, conversar sobre o instável mercado de créditos de carbono.
É engracado como cidades que estao localizadas tao perto uma das outras podem possuir culturas tao diferentes, neste caso a língual – Baden-Baden fica apenas 45 minutos de carro de Strassbourg. A história desta última cidade é um pouco conturbada e interessante, ela pertenceu alguns anos para a Alemanha, logo depois da Segunda Guerra, depois os franceses tomaram a cidade de volta. Por isso, existe uma grande influência da arquitetura alema. Mas eu gostei mesmo desses apartamentos residenciais franceses, que têm algumas janelinhas que saem do telhado.
O passeio em Straussbourg consistiu mais ou menos na mesma coisa que na cidade anterior: caminhar pela cidade, conversar, parar em alguns lugares para tirar foto. Essa cidade francesa é bem charmosa, existe um rio que passa bem no meio dela, cheia de bares e restaurantes em frente. A cidade abriga também alguns orgaos da Comunidade Europeia, os prédios sao grandes obras de arte.
Na última parte do passeio fomos para a casa da família do Klaus, ao lado de Strassbourg, e jantamos couz-couz marroquino, um pouco diferente do brasileiro, mas muito bom também. Fomos muito bem recebidos, achei muito legal o Klaus passer um dia do seu final de semana mostrando essas duas cidades e nos convidando para sua casa. Na volta, sentei no banco de trás e dormi boa parte do caminho. Nao demoramos para chegar em Frankfurt, o Klaus deve ter aproveitado da falta de limite das estradas alemas.
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