Após longos meses, finalmente consegui um emprego! Irei trabalhar no KFW Bankengruppe, mais especificamente como Analista de MDL do Fundo de Carbono deste banco. Estou muito empolgado, e por diversos motivos: já era hora de eu começar a trabalhar e me parece que tanto a vaga quanto a empresa são muito interessantes.
Até me candidatar pra vaga na catho.com.br, nunca tinha ouvido falar deste banco. Na verdade ele não é muito conhecido mesmo, ainda mais pra nós brasileiros. Até a Helen, alemã, não conhecia. Acho que é porque ele não é um banco convencional pra pessoas "normais" abrir uma conta ou ter uma poupança. O banco KFW é um banco de desenvolvimento da Alemanha, criado em 1948, logo após a Segunda Guerra Mundial, com o urgente objetivo de reconstruir a devastada Alemanha. E acredito que foi justamente isso que mais me interessou no KFW: esse banco tem um caráter social e ambiental muito forte. Logo após ajudar a reerguer a Alemanha, o banco passou a promover projetos de infra-estrutura, educação e preservação do meio ambiente em diversos países, principalmente nos mais pobres. Acho legal também o fato do KFW ter uma atuação em diversos seguimentos e presença global. Na verdade, o KFW é nosso BNDES, porém expandido.
Além de conseguir o bendito emprego, e esse emprego aparentemente ser muito interessante, fiquei também muito feliz e satisfeito por ter conseguido algo após muito esforço e dedicação. Assim que fiquei sabendo da vaga e me interessei pelo banco, passei a estudar todo dia sobre mercado de carbono e projetos MDL. Ficava grudado no computar de segunda a sexta lendo PDDs, Relatórios de Validação e Monitoramento, etc. Li também alguns livros e me preparei com o inglês e alemão. Não podia deixar essa oportunidade escapar.
O problema foi conter a ansiedade e frustração durante o longo processo seletivo. Quando fui chamado pra entrevista, marcada pro dia 30 de Novembro, achei que neste dia já poderia conseguir algo e estar empregado antes mesmo do Natal. Mas não foi tão simples assim. Neste mesmo dia o David, que me entrevistou e será meu futuro chefe, me disse que teria ainda a entrevista final, com outras pessoas, já marcada pro dia 22 de Janeiro. Caramba, pra quem achava que poderia estar trabalhando antes mesmo do Natal, ter que esperar mais 50 dias pra entrevista final, foi muito chato. Fazer o quê? E o pior, uma semana antes do tão esperado dia 22 de Janeiro - o Dia D - o David me mandou um e-mail falando que a entrevista teria que ser empurrada pro dia 5 de fevereiro. O motivo: a mulher dele traria o filho deles à vida justamente na semana da entrevista final. Bela hora pra se ter um bebê. De novo me perguntei: fazer o quê?
E no tal dia 5 de Fevereiro, aconteceu a entrevista final, e que como fiquei sabendo, não foi tão final assim. A entrevista com a mulher que administra o Fundo na Alemanha não aconteceu porque ela não pôde participar. Mas pelo menos foi bom pra me dar confiança (me saí muito bem com os três alemães que me entrevistaram) e tirar a ansiedade sobre a tarefa que eles dariam pra analisar um PDD e responder algumas questões. Na terça-feira, finalmente fui entrevistado pela Karen por telefone com o David intermediando, e achei que também tinha ido bem. Eles me dariam a resposta até o final da semana seguinte e eu teria que esperar de novo. Mas no dia seguinte, quarta-feira, o David me ligou e falou que eu havia sido escolhido! Fiquei meio bobo, parecia bom demais pra ser verdade, será que eu tinha entendido certo mesmo? Sim, era verdade, ainda bem! Só falta agora duas pessoas na Alemanha aprovarem a contratação, o que, segundo o David, não trará nenhuma surpresa.
Não vejo a hora de assinar o contrato e começar a trabalhar. Como disse no começo, estou muito empolgado e ansioso. Semana que vem irei provavelmente almoçar um dia com o David pra conversar e acertar sobre algumas coisas. Segundo ele, em março devo assinar o contrato e começar na labuta no início de Abril. Mais uma vez, só me resta esperar. Agora, pelo menos, com muito mais tranqüilidade!
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
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