quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Uma decisão

No momento em que percebi que iria tomar a decisão de negar aquela oferta de emprego, fui invadido por um prazer, sentimento de leveza e até mesmo felicidade. Não precisaria mais viajar diariamente (pelo menos no momento inicial, antes de arrumar um canto para morar em Jundiaí); não precisaria ficar olhando para o relógio esperando as horas passarem; e mais, não precisaria ficar pensando por todo o sempre que por causa do novo emprego, não poderia participar das dinâmicas de processos seletivos para Trainees que estavam chegando recentemente na minha caixa de e-mail.

Desde que comecei a faculdade, talvez até antes, tinha na cabeça que gostaria de participar dessas extenuantes dinâmicas e entrevistas para que, caso o meu perfil (palavra essa que tenho escutado demasiadamente ultimamente) se alinhasse ao da empresa, eu poderia ser aquele funcionário (detesto a nova palavra da moda: colaborador) escolhido a dedo e que possui grandes chances de crescer na companhia, assim como responsabilidade e autonomia. Não estou contando que passarei em algum desses processos; como já falei, a chance é muito pequena e qualquer simples detalhe faz toda a diferença. Porém, o mais importante é que eu tire isso da cabeça, independente de resultado positivo ou não. Prefiro muito mais tentar e não conseguir do que não tentar e continuar na mesma, com a cabeça cheia de pensamentos "mas e se?". Com a única adição de que esta escolha me custou um ofício, uma oportunidade.

Um pouco atípica essa minha decisão de trocar, em tempos de crise, o certo pelo duvidoso, eu confesso. Mas talvez isso tenha me motivado ainda mais, para ter o gostinho de nadar contra a maré que eu tanto gosto ou até mesmo pra depois olhar para trás e comprovar, de uma vez por todas, que no final tudo se arranja e que minha intuição estava certa. Eu acredito nisso. Não gosto de comportamentos desesperados, tampouco estou matando cachorro a grito. O fato é que o certo eu julguei como não muito excitante, enquanto o duvidoso sempre é, pelo menos pra mim. Apesar do interesse pelos trainees, ultimamente minha vontade em relação a trabalho se deslocou um pouco das indústrias e grandes empresas para as consultorias, tendo assim a oportunidade de trabalhar com projetos na minha área de formação. Estou torcendo também para que a bendita licitação do lixo seja realizada de uma vez, aumentando assim as minhas chances, caso uma determinada empresa seja a vencedora, de começar algo em que eu realmente acredito e me instiga.

Embora o processo de decisão e escolha muitas vezes demora dias ou até mesmo semanas para se concretizar, é engraçado como de um segundo para o outro nossa cabeça passa a vislumbrar as oportunidades que a abertura da outra porta - até então não cogitada ou trancada a sete chaves - nos traz, assim que decidimos abri-la. Essa guinada brusca em certas decisões já tinha acontecido comigo antes, me recordo agora de pelo menos uma: quando passei no vestibular e decidi que iria morar em Sorocaba, distante quase 1000 km de Campo Grande e sem uma única alma viva que eu conhecesse. Sentimento único, esse!

Se a minha mais recente escolha foi a melhor que poderia ter feito, só vou saber daqui um bom tempo, se é que um dia poderei saber isso. Enquanto isso vou continuar esperando essa licitação e tentarei também mostrar para certas pessoas que sou o candidato certo para trabalhar em sua empresa. Tarefa chata, mas o que posso fazer, pura consequência da minha escolha, que de um segundo pro outro me trouxe tanto alívio e novas perspectivas!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

SESC Vila Marinana

Fui no último domingo com a Danusa ao SESC da Vila Mariana. Fazia semanas já que eu estava querendo ir lá pra dar uma olhada nas fotos que o fotógrafo Cristiano Mascaro - famoso por fotografar a arquitetura da capital paulista - tirou em sua visita ao Líbano. Essa mostra faz parte da Programação "Olhar o Líbano", devido à nomeação de Beirute como Capital Mundial do Livro, título concedido pela UNESCO.

Gostei bastante das fotos, que mostravam o povo libanês, suas cidades, ruínas, comércio, praças e cultura. Só fiquei na dúvida se as fotos foram tiradas antes ou depois do bombardeio de Israel, acredito que antes. Tenho tido ultimamente um interesse muito grande pelos países árabes, principalmente os do Oriente Médio. No caso específico do Líbano, acredito que muito se deve ao fato da cultura libanesa estar presente no Brasil, visto que aproximadamente 6 milhões de brasileiros possuem origem deste país. Em Campo Grande por exemplo, existem vários mercearias e restaurantes especializados na cozinha árabe.

Entretanto, não foi somente a exposição de fotos que me interessou neste meu passeio dominical. Esta unidade do SESC é, sozinha, um belo motivo para sua visita. Fiquei impressionado com o tamanho e beleza do prédio (que na verdade são dois, interligados por corredores) e dos serviços oferecidos. Existem quadras de futebol, volei e, acreditem, Badminton nos andares intermediários do prédio; uma piscina semi-olímpica no subsolo; restaurante e cafeteria, etc.

Como se não bastasse, o que mais me impressionou, talvez pela excentricidade, foi o Solarium, que nada mais é a cobertura do prédio, localizada no 11° andar. Ok, cobertura quase todo prédio possui, e para São Paulo, um prédio com 11 andares nem é tão alto assim. Porém, foi a utilização deste pedaço de chão descoberto que me deixou um pouco surpreso. Inúmeras pessoas estava lá, deitadas, de maiô ou biquini, esturricando ao sol! O Solarium do SESC é um local para se tomar sol (o próprio nome já dá uma dica), mas não tem piscina, muito menos uma ducha para ser usada como refresco! Esses paulistanos acabam aproveitando qualquer espaço pra tomar um solzinho.

Quero agora conhecer outras unidades do SESC em São Paulo, mas tenho a impressão que poucas serão da mesma magnitude que o da Vila Mariana. Mas não tem problema, quando algo é muito bom, é diícil ser superado. Sorte dos moradores da Vila, a Mariana.